segunda-feira, 15 de dezembro de 2014



Uma ótima notícia vem ganhando força em Brasília e, se confirmada, pode beneficiar muitos brasileiros que são optantes do Simples, micro empreendedores e tantos outros que ainda trabalham na informalidade.

A boa notícia é que foi encaminhada proposta de alteração no regime tributário do Simples, com a divisão das empresas por setores da economia, o aumento do limite de faturamento e a redução nas faixas de tributação. Com essas alterações, o governo abre mão de arrecadar mais receita em prol de gerar incentivo para os trabalhadores informais passarem a operar dentro da legalidade. Embora o projeto traga perda de arrecadação na ordem estimada de R$ 1,5 bilhão, devido à ampliação do limite de faturamento, é certo afirmar também que quanto menos se paga em tributação, mais se tira da informalidade e o governo acaba arrecadando mais.

A proposta prevê que a tributação das empresas será estabelecida por setores da economia: varejo, indústria e duas tabelas para serviços (uma com menor carga tributária, para as empresas cuja folha de pagamento representa mais de 22,5% do faturamento anual, e outra mais pesada, para empresas que gastam menos que este percentual com pagamento de funcionários). Para cada um destes setores haverá uma tabela com até sete faixas de faturamento, cada uma tributada por uma alíquota diferente. Atualmente, são vinte faixas, e a divisão obedeceu mais a critérios políticos do que técnicos, ou seja, categorias que tinham mais força no Congresso Nacional, como os advogados, conseguiram impostos mais brandos que as demais.

As faixas para o varejo e serviços serão seis:

1)      Até R$ 225 mil de faturamento anual
2)      De R$ 225 mil a R$ 450 mil de faturamento anual
3)      De R$ 450 mil a R$ 900 mil de faturamento anual
4)      De R$ 900 mil a R$ 1,8 milhão de faturamento anual
5)      De R$ 1,8 milhão a R$ 3,6 milhão de faturamento anual
6)      De R$ 3,6 milhão a R$ 7,2 milhão de faturamento anual

Para os Micro Empreendedores Individuais (MEI), que hoje têm como limite receita de R$ 60 mil por ano, passariam a ter R$ 120 mil. O ministério da Micro e Pequena Empresa trabalha com a projeção de que o projeto seja aprovado em 2015 e que as mudanças passem a valer a partir de 2016, após o ajuste fiscal. Se aprovada, a proposta estimula o crescimento das empresas e deve ser protocolada na Câmara e no Senado ao mesmo tempo, para acelerar a tramitação.


É, amigo lojista, parece que bons ventos estão soprando para nós.